Ferriani explica que existe um atraso entre as queixas iniciais das pacientes e o diagnóstico da endometriose pelos ginecologistas. E tempo é fundamental para não afetar a fertilidade da mulher quando se trata da doença. “O profissional deve sempre se lembrar de levantar a questão reprodutiva na consulta, pois o quadro pode se tornar irreversível se não tratado”, orienta.
Uma saída é congelar óvulos ou mesmo um embrião para tentar engravidar depois do tratamento. O primeiro caso é mais comum para mulheres que querem ter um filho no futuro, mas ainda não têm um parceiro com quem queiram ter um filho. Já no congelamento do embrião (óvulo já fecundado), ele é preservado “pronto” para ser implantado no útero e gerar uma gravidez. Essa combinação do óvulo com o espermatozoide acontece em laboratório.7
Mais uma vez, não há uma resposta única que sirva para todas as mulheres. Conforme salienta Ferriani, toda decisão deve ser cuidadosamente pensada e discutida com o médico. Mesmo entre casais com um relacionamento estável existem dilemas como o de uma eventual separação. Vale ressaltar que esse tipo de prevenção é valido não apenas para quem tem endometriose, mas para qualquer mulher com outros problemas de fertilidade.